O local era uma imensa sala onde todo mundo podia ficar reunido no mesmo ambiente. Piscina que ao longo dos dias foi mudando de coloração para um tom mais escuro. Menos meninas, mais meninos, campo mais próximo e nós mais distantes do espírito feano que une todos os esportes.
Bonde do Dodo, um carro grande e não tão cheio. Um dia no ginásio, invasão na bateria e torcida, muita torcida. O que deveria unir não unia tanto. O time, ou melhor, grupo, tinha mais de 9 pessoas mas quem realmente formava ele eram apenas 9 ou 10.
Mas uma coisa começava de fato a mudar: a raça e vontade cresciam, cresciam e cresciam. Nunca vou me esquecer do grito saindo da garganta de uma das meninas após pegar uma linda bola no ar. Nunca vou me esquecer do sofrimento e ao mesmo tempo sentimento de missão comprida com um segundo lugar.
Dessa vez foi um pouco diferente. Havia mais quartos, mais meninas e menos meninos. O grupo cresceu bastante e se antes tinham 9 + algumas, que mais torciam do que qualquer outra coisa, dessa vez foram 22 que passaram a formar o time de softbol da FEA.
O que poderia separar acabou unindo. Na última reunião eram 24 fontes de estrógeno e progesterona reunidas em um quarto pequeno com um tecnico e um auxiliar. Mas mostrar o seu eu aproxima, passa confiança e faz com que o outro compreenda melhor você. Todos tem um objetivo em comum. Falar e mostrar isso pode ser o primeiro passo para unir ainda mais quem já vinha nesse processo.
Faz muita diferença ter um técnico que contribui para isso. Faz muita diferença ter pessoas com essa vontade. Faz muita diferença a emoção estar presente e faz muito mais diferença ter vontade e acreditar que é possível.
Minha maior dificuldade com certeza é a arma mais poderosa que podemos usar, a fala. Quando ela se une ao coração então...não é preciso mais muita coisa.
Quero aprender, quero evoluir, quero crescer e mostrar que também posso. Quero um dia inclusive conseguir falar com naturalidade em meio a uma platéia lotada de pessoas mas enquanto esse dia não chega minha principal arma continua sendo a escrita. Ainda bem que existem outras formas de nos comunicarmos!
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Não sei, mas não tenho como arma a escrita, mas como bandeira branca a qual me rendo e tento mostrar um pouco do que ocorre na minha mente.. entre tantos pensamentos que parecem perdidos...
ResponderExcluirEscrever já é um passo!!!
Bjos