Há 2 anos e meio entrei para a FEA e até hoje me impressiono com o poder sonoro que 3 letras unidas podem proporcionar.
Como de costume ao longo da minha vida sempre pensei mais nos outros do que em mim. No dia em que acordei sabendo que em poucas horas o destino dos meus próximos anos estaria sendo decidido estava calma. O telefone tocou, e voltou a tocar algumas vezes, e apesar do meu alívio não reagi como todos costumam reagir.
Minha mãe se emocionou e naquele dia eu chorei, mas esse choro que poderia ser de alegria tinha outro motivo. Às vezes a gente se envolve demais com a vida dos outros que isso acaba atrapalhando inclusive a nossa própria felicidade.
Acompanhei de perto demais pessoas que não tiveram a mesma sorte que eu, e em especial uma delas, que sempre estava ao meu lado em todas as manhãs ao lado da catraca da porta principal de um cursinho em São Paulo, e nesse dia ela estava vendo desaparecer sua última pontinha de esperança.
Apesar de acreditar veementemente que para tudo nessa vida dá-se um jeito e existe uma solução, no dia em que eu poderia ter ido correndo ao encontro de amigos, ter feito festa, gritado, pulado ou saído correndo, acabei ficando em casa chateada por quem não conseguiu.
Minha teoria estava certa e aos poucos as coisas se ajeitaram (não da forma mais desejada, mas acredito que tenha sido o melhor para ela) e para aquele que muitos da nossa idade julgam ter sido o dia mais feliz de suas vidas eu deixei uma interrogação.
Muitos olham com admiração para quem está dentro dessa universidade, outros olham com desprezo ou desdém. Sempre que falo o meu curso procuro evitar dizer a procedência para não ser olhada com olhos que julgo não ser merecedora. Não me vejo melhor do que ninguém e acredito que existem muitos cursos dados em locais “sem nome” que superam infinitamente o oferecido à nós.
Por outro lado admiro e me identifico com aqueles que me cercam pela perseverância e, se essas três letras unidas tem um mérito, é o de selecionar pessoas que superaram desafios, lutaram, persistiram e se esforçaram pelo menos um pouquinho.
Talvez não esteja no curso certo mas pelo menos tenho a certeza de que estou em um lugar que proporciona muitas coisas. Já passei por experiências diversas, aproveitei algumas oportunidades e conheci pessoas com histórias incriveis, vindas de diferentes partes, com diferentes sonhos e que por algum motivo acabaram no mesmo lugar, no mesmo curso ou fazendo uma mesma atividade.
Apesar de todos as crises, dúvidas, incertezas e inseguranças algumas pessoas podem ser responsáveis por mudar completamente a vida das outras.
E no fim acho que posso dizer que tem valido a pena.
domingo, 28 de junho de 2009
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Worried
A vida da gente é muito frágil, isso não é novidade para ninguém.
Mas o que eu me pergunto é porque mesmo sabendo disso nem sempre conseguimos dar valor a cada pequeno detalhe que apesar de pequeno é suficientemente grande para transformar uma vida inteira?
Metade de um comprimido. Que força e poder tem ele? A gente é suficientemente forte para reverter seus efeitos? É...parece que nosso corpo é mais delicado que isso.
Agora mudando um pouco de foco...sempre que as férias chegam elas acabam vindo acompanhada de um clima meio nostálgico. Dias desses estava eu pensando em todas as pessoas que eu gostaria de ter contato e por uma incompatibilidade de horários, momentos e tempos acabaram se afastando. Será que isso está destinado a continuar acontecendo?
Por mais que o tempo passe, vez ou outra as pessoas acabam se reencontrando, mas como fazer para manter próximo da gente quem um dia já foi tão importante?
Meus últimos períodos de descanso foram preenchidos por atividades diárias, para que meu tempo livre não fosse tão livre que acabasse sendo inutilizado. Passar horas em frente à TV, computador ou deitada no sofá pode não soar tão mau mas quando se tem oportunidades muito mais interessantes a serem aproveitadas isso acaba sendo um tempo disperdiçado.
Impuz metas para esse meio do ano que temo não ter coragem de iniciá-las. Não sei exatamente do que tenho medo, talvez medo de fracassar ou receber um não, ou quem sabe medo de descobrir que eu venho seguindo um rumo errado há dois anos e meio.
O que me consola é saber que por mais errado que sejam os caminhos que tomamos eles sempre vêm acompanhados de experiências, encontros e aprendizados que acompanharão a gente pelo resto de nossas vidas e desses eu não me arrependo nem um pouco.
Mais alguns dias e a idéia de continuar adiando teima em permanecer por perto.
Porque escolhas tem que ser tão difíceis e porque nem sempre é fácil conhecer bem a si próprio?
Nesse fim de semana vou olhar para o céu por volta de 10 minutos esperando uma estrela cadente. Uma vez me disseram que esse tempo era suficiente para ver uma passando e ao experimentar vi que essa pessoa estava certa.
Quem sabe um pedido não pode vir a ser realizado?
Mas o que eu me pergunto é porque mesmo sabendo disso nem sempre conseguimos dar valor a cada pequeno detalhe que apesar de pequeno é suficientemente grande para transformar uma vida inteira?
Metade de um comprimido. Que força e poder tem ele? A gente é suficientemente forte para reverter seus efeitos? É...parece que nosso corpo é mais delicado que isso.
Agora mudando um pouco de foco...sempre que as férias chegam elas acabam vindo acompanhada de um clima meio nostálgico. Dias desses estava eu pensando em todas as pessoas que eu gostaria de ter contato e por uma incompatibilidade de horários, momentos e tempos acabaram se afastando. Será que isso está destinado a continuar acontecendo?
Por mais que o tempo passe, vez ou outra as pessoas acabam se reencontrando, mas como fazer para manter próximo da gente quem um dia já foi tão importante?
Meus últimos períodos de descanso foram preenchidos por atividades diárias, para que meu tempo livre não fosse tão livre que acabasse sendo inutilizado. Passar horas em frente à TV, computador ou deitada no sofá pode não soar tão mau mas quando se tem oportunidades muito mais interessantes a serem aproveitadas isso acaba sendo um tempo disperdiçado.
Impuz metas para esse meio do ano que temo não ter coragem de iniciá-las. Não sei exatamente do que tenho medo, talvez medo de fracassar ou receber um não, ou quem sabe medo de descobrir que eu venho seguindo um rumo errado há dois anos e meio.
O que me consola é saber que por mais errado que sejam os caminhos que tomamos eles sempre vêm acompanhados de experiências, encontros e aprendizados que acompanharão a gente pelo resto de nossas vidas e desses eu não me arrependo nem um pouco.
Mais alguns dias e a idéia de continuar adiando teima em permanecer por perto.
Porque escolhas tem que ser tão difíceis e porque nem sempre é fácil conhecer bem a si próprio?
Nesse fim de semana vou olhar para o céu por volta de 10 minutos esperando uma estrela cadente. Uma vez me disseram que esse tempo era suficiente para ver uma passando e ao experimentar vi que essa pessoa estava certa.
Quem sabe um pedido não pode vir a ser realizado?
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Dividir multiplica
O local era uma imensa sala onde todo mundo podia ficar reunido no mesmo ambiente. Piscina que ao longo dos dias foi mudando de coloração para um tom mais escuro. Menos meninas, mais meninos, campo mais próximo e nós mais distantes do espírito feano que une todos os esportes.
Bonde do Dodo, um carro grande e não tão cheio. Um dia no ginásio, invasão na bateria e torcida, muita torcida. O que deveria unir não unia tanto. O time, ou melhor, grupo, tinha mais de 9 pessoas mas quem realmente formava ele eram apenas 9 ou 10.
Mas uma coisa começava de fato a mudar: a raça e vontade cresciam, cresciam e cresciam. Nunca vou me esquecer do grito saindo da garganta de uma das meninas após pegar uma linda bola no ar. Nunca vou me esquecer do sofrimento e ao mesmo tempo sentimento de missão comprida com um segundo lugar.
Dessa vez foi um pouco diferente. Havia mais quartos, mais meninas e menos meninos. O grupo cresceu bastante e se antes tinham 9 + algumas, que mais torciam do que qualquer outra coisa, dessa vez foram 22 que passaram a formar o time de softbol da FEA.
O que poderia separar acabou unindo. Na última reunião eram 24 fontes de estrógeno e progesterona reunidas em um quarto pequeno com um tecnico e um auxiliar. Mas mostrar o seu eu aproxima, passa confiança e faz com que o outro compreenda melhor você. Todos tem um objetivo em comum. Falar e mostrar isso pode ser o primeiro passo para unir ainda mais quem já vinha nesse processo.
Faz muita diferença ter um técnico que contribui para isso. Faz muita diferença ter pessoas com essa vontade. Faz muita diferença a emoção estar presente e faz muito mais diferença ter vontade e acreditar que é possível.
Minha maior dificuldade com certeza é a arma mais poderosa que podemos usar, a fala. Quando ela se une ao coração então...não é preciso mais muita coisa.
Quero aprender, quero evoluir, quero crescer e mostrar que também posso. Quero um dia inclusive conseguir falar com naturalidade em meio a uma platéia lotada de pessoas mas enquanto esse dia não chega minha principal arma continua sendo a escrita. Ainda bem que existem outras formas de nos comunicarmos!
Bonde do Dodo, um carro grande e não tão cheio. Um dia no ginásio, invasão na bateria e torcida, muita torcida. O que deveria unir não unia tanto. O time, ou melhor, grupo, tinha mais de 9 pessoas mas quem realmente formava ele eram apenas 9 ou 10.
Mas uma coisa começava de fato a mudar: a raça e vontade cresciam, cresciam e cresciam. Nunca vou me esquecer do grito saindo da garganta de uma das meninas após pegar uma linda bola no ar. Nunca vou me esquecer do sofrimento e ao mesmo tempo sentimento de missão comprida com um segundo lugar.
Dessa vez foi um pouco diferente. Havia mais quartos, mais meninas e menos meninos. O grupo cresceu bastante e se antes tinham 9 + algumas, que mais torciam do que qualquer outra coisa, dessa vez foram 22 que passaram a formar o time de softbol da FEA.
O que poderia separar acabou unindo. Na última reunião eram 24 fontes de estrógeno e progesterona reunidas em um quarto pequeno com um tecnico e um auxiliar. Mas mostrar o seu eu aproxima, passa confiança e faz com que o outro compreenda melhor você. Todos tem um objetivo em comum. Falar e mostrar isso pode ser o primeiro passo para unir ainda mais quem já vinha nesse processo.
Faz muita diferença ter um técnico que contribui para isso. Faz muita diferença ter pessoas com essa vontade. Faz muita diferença a emoção estar presente e faz muito mais diferença ter vontade e acreditar que é possível.
Minha maior dificuldade com certeza é a arma mais poderosa que podemos usar, a fala. Quando ela se une ao coração então...não é preciso mais muita coisa.
Quero aprender, quero evoluir, quero crescer e mostrar que também posso. Quero um dia inclusive conseguir falar com naturalidade em meio a uma platéia lotada de pessoas mas enquanto esse dia não chega minha principal arma continua sendo a escrita. Ainda bem que existem outras formas de nos comunicarmos!
domingo, 14 de junho de 2009
Visão de fora de quem está dentro
Muita coisa aconteceu em um ano e houve uma evolução notável de um grupo para um time. Dia ensolarado, estrada, muita empolgação e tudo o que fosse necessário para dar certo.
Verde e branco, fila, olho no olho e vitória incomum no jan-ken-po...por que é tão difícil manter a cabeça em horas cruciais?
Já vi várias vezes vitórias praticamente certas em todos os esportes se reverterem em momentos cruciais por ansiedade, medo ou "n" outros fatores relacionados ao psicológico das pessoas.
Talvez não pudesse fazer nada de diferente mas minha emoção e adrenalina estavam ativados. Teria feito o que fosse preciso se precissasse. É muito fácil falar ou escrever isso mas comecei a ficar mais segura de mim e não tenho mais medo.
Em dois anos e meio muita coisa muda. Comecei em marcha lenta e até consegui ter um pouco mais de força em meio a alguns obstáculos e incertezas mas quando se está em uma subida é preciso ir com tudo ou o carro para e pode até voltar para trás.
Decidi que agora quer subir na maior velocidade possível e com a maior força. E quando eu fixo pontos como metas não costumo desistir antes de alcançá-las.
Ainda não cheguei a sentir o gosto do fracasso na busca dessas metas e espero não ter que passar por isso tão cedo.
Dia desses me disseram que eu deveria escolher algo para fazer bem. Entre as quatro opções (logo mais provavelmente cinco) não pretendo desistir de nada pelo menos por enquanto mas acho que descobri o que quero fazer bem.
Objetivo concreto, com prazo definido, é desse jeito que eu gosto de fazer as coisas e tem tudo para dar certo.
Não importa como o dia está, não importa se tudo parece que não vai dar certo. O que importa é poder olhar para o lado e ver pessoas te apoiando independente do que aconteça. É só isso que te dá forças para levantar a cabeça e começar tudo de novo. E isso nunca vai acabar, precisaremos desse apoio sempre.
Meta traçada, condições favoráveis de ambiente e gente para se espelhar. Isso faz o mundo evoluir, pena que nem todo mundo aproveita as oportunidades da mesma forma.
Shorts branco, beje, marrom. Queria ter sujado mais, mas quem sabe ano que vem?
E quem vai ganhar essa p****?
Verde e branco, fila, olho no olho e vitória incomum no jan-ken-po...por que é tão difícil manter a cabeça em horas cruciais?
Já vi várias vezes vitórias praticamente certas em todos os esportes se reverterem em momentos cruciais por ansiedade, medo ou "n" outros fatores relacionados ao psicológico das pessoas.
Talvez não pudesse fazer nada de diferente mas minha emoção e adrenalina estavam ativados. Teria feito o que fosse preciso se precissasse. É muito fácil falar ou escrever isso mas comecei a ficar mais segura de mim e não tenho mais medo.
Em dois anos e meio muita coisa muda. Comecei em marcha lenta e até consegui ter um pouco mais de força em meio a alguns obstáculos e incertezas mas quando se está em uma subida é preciso ir com tudo ou o carro para e pode até voltar para trás.
Decidi que agora quer subir na maior velocidade possível e com a maior força. E quando eu fixo pontos como metas não costumo desistir antes de alcançá-las.
Ainda não cheguei a sentir o gosto do fracasso na busca dessas metas e espero não ter que passar por isso tão cedo.
Dia desses me disseram que eu deveria escolher algo para fazer bem. Entre as quatro opções (logo mais provavelmente cinco) não pretendo desistir de nada pelo menos por enquanto mas acho que descobri o que quero fazer bem.
Objetivo concreto, com prazo definido, é desse jeito que eu gosto de fazer as coisas e tem tudo para dar certo.
Não importa como o dia está, não importa se tudo parece que não vai dar certo. O que importa é poder olhar para o lado e ver pessoas te apoiando independente do que aconteça. É só isso que te dá forças para levantar a cabeça e começar tudo de novo. E isso nunca vai acabar, precisaremos desse apoio sempre.
Meta traçada, condições favoráveis de ambiente e gente para se espelhar. Isso faz o mundo evoluir, pena que nem todo mundo aproveita as oportunidades da mesma forma.
Shorts branco, beje, marrom. Queria ter sujado mais, mas quem sabe ano que vem?
E quem vai ganhar essa p****?
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